sábado, 7 de novembro de 2009

O trabalho espírita como ferramenta de auto cuidado




O Espaço Espírita como oficina de construtivismo moral foi o tema da segunda exposição, do painel, "Comunicação Espírita: Monólogo ou Interatividade?". O tema foi abordado pelo pernambucano Alexandre Simão, mestre em educação e doutor em sociologia, com experiência em educação não formal e movimentos sociais.

A exposição teve o objetivo de levar o público a refletir o trabalho na casa espírita como um instrumento de auto-educação. Segundo Alexandre Simão, a exposição e qualquer outra atividade não podem se restringir a induzir mudanças apenas no âmbito cognitivo das pessoas, como se a moralidade fosse uma questão apenas de se seguir regras racionais. O grande desafio é criar tecnologias que promovam a pessoa a cuidar de si.

Dentro dessa proposta ele citou, por exemplo, a meditação que leva o seu praticante a olhar-se, conhecer-se e cuidar-se. E como promover essa disposição ao auto cuidado na casa espírita? "A instituição é um ambiente privilegiado para essa promoção, pois ali há todas as possibilidades disso acontecer, já que a própria proposta do local é o de fazer as pessoas melhorarem-se.

Para Alexandre Simão, o debate é muito mais amplo do que a questão da palestra ser monologal ou interativa. "O grande desafio é fazer com que essas atividades sejam instrumentos de auto cuidado de quem as usa, ou seja, que promova a mudança íntima de quem a realiza. A pergunta é: como esse trabalho pode mexer comigo como pessoa?", questiona. Ainda de acordo com ele, mais do que atividades de transmissão de informação, as tarefas espíritas devem transformar quem as vive ou executa.

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